segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009



Aceleração de 0 a 100 km/h em 3,7 segundos. Velocidade máxima de 328 km/h. Partindo do zero, faz 1 quilômetro em 20 segundos e chega aos 198 km/h em apenas 11,4 segundos. São números impressionantes, até mesmo se a máquina em questão fosse um carro de competição. Com exceção da Enzo, que normalmente não é usada no dia-a-dia, a 599 GTB Fiorano é o mais rápido carro de rua a sair dos veneráveis portões da fábrica de Maranello.

Mas esqueça os números por um momento. Eles dispersam a experiência emocional que define a lenda que faz homens crescidos ficarem de pernas bambas ao receber as chaves de uma Ferrari. Isso ajudou a marca a prosperar, a despeito de seus altíssimos preços, falhas mecânicas e custos de manutenção capazes de fazer um encontro com Jennifer Lopez parecer um passeio em conta. Uma Ferrari não é um carro, é um ideal romântico.

A 599 é a substituta da 575 e se mantém fiel à filosofia do desenho Berlinetta, com um longo e inclinado nariz. A ampla grade e a frente em forma de bolha remetem às Ferrari do início dos 60. Uma tomada de ar mais estreita poderia ter afilado o carro, mas o estúdio Pininfarina comprimiu as laterais com o talento de um alfaiate experiente. O perfil é o aspecto mais marcante do esportivo, com aquela longa frente arredondada, espremida pelos lados na forma de uma ampulheta. A traseira serve meramente como um laço que amarra o esplêndido conjunto. Os contrafortes sutis da parte de trás, quase invisíveis pelo ângulo dianteiro, não estão lá apenas para fins estéticos. Eles ajudam o monumental difusor a gerar downforce suficiente para fincar o carro no chão a velocidades de três dígitos.




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